Quarta, 20 Mai 2015 12:51

Como anda a transparência na cidade de Fortaleza?

Escrito por
Avalie este item
(1 Votar)
Acordamos com o tema transparência na cabeça e veio logo em mente a informação: Fortaleza tem uma das prefeituras menos transparentes dentre as 27 capitais do país, baseado no resultado de pesquisas divulgadas no ano passado.
 
Quem lembra do estudo produzido pelo Instituto de Estudos Econômicos (Inesc) e o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), da Universidade de São Paulo (USP)?
 
Este estudo foi financiado pela Web Foundation, do inglês Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet, e  a análise foi publicada três anos depois da instituição da Lei de Acesso à Informação, que determina a abertura de dados sobre as contas públicas. “O objetivo foi mensurar o alcance das regras impostas pela nova legislação brasileira”, explica o documento.
 
De 0 a 10, a Prefeitura de Fortaleza recebeu nota 2, superior somente a de Manaus. Segundo o estudo, as mais transparentes são de Rio de Janeiro, São Luis e João Pessoa.
 
Apesar de uma lei nacional para garantir a transparência pública (LAI - Lei de Acesso à Informação), os governos não tem se comprometidos/esforçados para desenvolver e manter plataformas para disponibilização dos seus dados que são públicos e de interesse da sociedade.
 
Sejamos sinceros neste quesito de transparência, quem de vos consegue informações em tempo hábil para realizar estudos com estes dados?
 
Tentamos várias vezes começar pesquisas de TCC com estes dados e sempre nos esbarramos no fornecimento destas informações públicas.
 
Se a transparência pública dos dados municipais é NOTA 2, então falar de dados abertos neste contexto não passa nada mais, nada menos de sofismo e discurso jogado ao vento.
 
É uma triste realidade. Dói falar isso da nossa querida cidade Fortaleza, mas essa é a verdade nua e crua.
 
Também é preciso ser justos com os profissionais e acadêmicos, que estão nos governos de fortaleza e do Ceará, que tem trabalhados duros nesta missão, mas não recebem o devido apoio da alta gestão para atingir este fim de criação de uma plataforma de transparência pública e de disponibilização destes dados abertos e brutos para uso da sociedade.
 
Não se pode condenar os técnicos por isso, mas os gestores descomprometidos com o livre acesso às informações públicas.
 
Também não sejamos hipócritas e remeta a responsabilidade aos dois anos e poucos, mas reconheça que este problema é histórico na nossa cidade. Nunca foi boa no quesito transparência pública. Sendo bem claro, isso não é uma questão puramente partidária!
 
Não é intenção culpar os amarelinhos, nem vermelhinhos (sic). O objetivo principal deste artigo é chamar a atenção de todos da alta gestão dos governos para investir e fomentar o desenvolvimento de soluções para divulgação dos dados públicos!
 
Nesta hora não é legal partidarizar a discussão e ser injustos com quem rala bastante para possibilitar algum acesso a estas informações públicas. 
 
Enfim, apesar da capacidade técnica e acadêmica das equipes, isso é inegável, o município não sairá da nota 2 tão cedo sem um verdadeiro apoio e compromisso da alta gestão.
 
Ler 1762 vezes Última modificação em Sábado, 23 Mai 2015 12:56
Prof. Ivan Oliveira

Tem formação acadêmica em Telecomunicações na Escola Técnica Federal do Ceará (ETFCE), graduação em Engenharia Elétrica com ênfase em Teleinformática pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestrado em Comunicações Móveis pelo Politécnico de Turim e também mestrado em Teleinformática pelo Departamento de Teleinformática (DETI).

www.ivanoliveira.org
Entre para postar comentários