Apesar de ter recebido voto favorável da maior parte da Senado - 47 senadores -, a proposta não foi aprovada porque precisava do apoio de 3/5 da Casa, ou seja, 49 votos a favor. Outros oito parlamentares votaram contra o texto, e quatro abstenções foram registradas.
O que isso significa na prática?
Muitos são os desdobramentos da derrubada desta PEC, mas, pegando o ocorrido de ontem, este fato deu um gás adicional ao ex-governador Cid Gomes para enfrentar o todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados.
Com o caminho aberto para a criação de novos partidos, os Ferreiras Gomes podem surgir até setembro como a maior força política nacional através do Partido Liberal que poderá ganhar novos adeptos por migração de legendas, fusões, etc.
Em outras palavras, será uma espécie terceira via para os próximos certames eleitorais sem negar os avanços do presente e sem perdoar os erros do passado.
Falta saber se terão sabedoria, serenidade e legitimidade popular para superar as batalhas de 2016, 2018, etc.
E, por fim, acho que neste processo de ressurreição o Cid Gomes será mais protagonista do que o Ciro Gomes dado seu governo ter sido bem avaliado pela população, pelo seu papel nas eleições de 2014 e pela sua imagem fortalecida no enfrentamento de um congresso fragilizado e desacreditado pelo povo (em pesquisa do Datafolha pós manifestação somente 9% deu ótimo ou bom ao congresso).
Esperemos as cenas dos próximos capítulos...
Neste ambiente de loucura na política brasileira tudo é possível, inclusive nada.
Quando se tem uma onda generalizada de descrédito dos poderes (executivo, legislativa e executivo), quaisquer lances de lucidez podem se confundir com atos de heroísmo.
Haja momentos de provação para o povo ... só uma Reforma Política Democrática poderia corrigir as distorções atuais do sistema político com a participação dos movimentos sociais, do povo e das entidades organizadas (e.g. CNBB, OAB, etc).
Estou certo ou a loucura também tomou conta desta timeline?